Não é sempre que tudo ocorre bem durante uma gestação e, nestes casos, o sonho de ter um bebê pode mais complicado do que se esperava. É o que acontece nos casos em que há uma gravidez ectópica.

De acordo com o ginecologista e obstetra Domingos Mantelli, a gravidez ectópica é uma gravidez ‘fora do lugar’. “Ou seja, o óvulo fertilizado se desenvolve fora do útero. A gravidez ectópica também é conhecida como gravidez tubária. Em raras ocasiões, a gestação começa a se desenvolver no ovário, no colo do útero, ou ligada à superfície de um órgão próximo”, explica.

Causas

Segundo o especialista, a principal causa de uma gravidez ectópica é uma obstrução ou estreitamento de uma trompa de falópio que impede o óvulo fertilizado de passar através da trompa até o útero. “Na maioria das vezes é resultado de uma inflamação e cicatrização de infecção pélvica”, afirma.

Em casos menos comuns, uma gravidez ectópica pode ocorrer também por outros motivos. “Infecções abdominais como apendicite, tumores pélvicos, e formação de tecido fibroso de cicatrização após cirurgia abdominal”, explica Mantelli.

“Apesar do nome quase desconhecido, essa não é uma ocorrência incomum: uma em cada 100 a 150 gestações é ectópica. Na maioria das vezes, a gestação ocorre em uma tuba uterina”, afirma o especialista.

Gravidez ectópica traz riscos à vida da mãe

Domingos Mantelli ressalta que as consequências podem ser gravíssimas. “Caso a gravidez ectópica não seja detectada ela pode romper a trompa que a envolve, levando a sangramento abundante dentro do abdômen. Gestações ectópicas localizadas em outras áreas, como o ovário e o colo do útero, podem invadir os vasos sanguíneos próximos e causar uma hemorragia”.

O especialista explica que nos casos de gravidez ectópica não há possibilidade de dar continuidade à gestação. A única coisa a se fazer é mesmo interromper a gravidez. “Entre as alternativas de tratamento estão o medicamentoso ou a cirurgia”, conclui.

A possibilidade de desenvolver uma gravidez ectópica é mais um motivo para que a mulher faça o acompanhamento com um especialista desde a tomada de decisão de ter um filho. O pré-natal é fundamental na detecção de problemas gestacionais, possibilitando ainda a correção nos casos em que isso seja possível.

 

 

Fonte: A Revista da Mulher 



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