Foto: Vila Mulher

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O ginecologista e obstetra Dr. Domingos Mantelli Borges Filho procura tranquilizar as futuras mães, afirmando que é muito comum ter cólicas na gravidez, principalmente no início e no final.

Uma série de transformações visíveis e invisíveis acomete a mulher durante a gestação. Depois dos enjoos e do sono que muitas mulheres sentem no início da gravidez, a cólica costuma deixá-las bem preocupadas.

“Carregar um bebê na barriga pressiona a musculatura pélvica, os ligamentos, as veias e os outros tecidos internos do corpo. Portanto não é de surpreender que haja uma sensação desconfortável, tipo uma cólica”, explica. A partir do primeiro trimestre acontecem algumas contrações uterinas irregulares, porém são indolores.

Porém, o Dr. alerta: algumas patologias são responsáveis por cólicas abdominais, e devem ser tratadas para evitar repercussões negativas na gestação. “Muitas vezes até problemas psicológicos, como o de uma gravidez indesejada, pode gerar cólicas e dores abdominais, como resposta a essa rejeição fetal.”

A infecção urinária e as vulvovaginais, como corrimentos dos mais diversos tipos (candidíase, tricomoníase, vaginose bacteriana, dentre outros), também são responsáveis por cólicas no início da gestação. Segundo Dr. Domingos, logo no início da gestação, as cólicas podem ser decorrentes da pressão que o útero em crescimento exerce nas estruturas pélvicas vizinhas.

A relação sexual e o orgasmo também podem gerar cólicas, já que estimulam a contração uterina. Se houver ejaculação dentro da vagina, as cólicas poderão ser um pouco mais intensas, pois, conforme explica Dr. Domingos, o esperma é rico em uma substância chamada prostaglandina, que causa aumento da contratilidade uterina.

Até mesmo uma alimentação inadequada e ingestão inadequada de água podem culminar em desconfortos, por conta de gases, e em cólicas intestinais, pelo aumento do peristaltismo (movimento) intestinal que está aumentado nessa fase.

O ginecologista garante que a maior parte dessas dores melhora se a gestante mudar de posição ou encontrar uma forma de relaxar, fazendo yoga e atividades físicas não impactantes. Caso contrário o médico poderá receitar um medicamento permitido durante a gestação para amenizar as cólicas.

Mas nem sempre é assim. Caso a dor venha acompanhada de febre, sangramentos, calafrios, vômitos e dor ao urinar, é sinal de que algo errado está acontecendo. Portanto, procure um médico imediatamente.

Um dos problemas sérios que as cólicas podem indicar é a gravidez ectópica. Ela acontece quando o óvulo fertilizado fica implantado fora do útero, nas tubas uterinas, no ovário, na cavidade abdominal ou no colo do útero. Os sintomas são perceptíveis entre a quarta e a décima semana de gestação e pode ser fatal. “A mulher sente uma cólica acompanhada de dor aguda, normalmente começando em um dos lados e se espalhando pela barriga. Pode haver ainda um sangramento escuro e aguado e uma forte dor no ombro”, diz o ginecologista.

As cólicas também podem indicar um aborto espontâneo. Ele acontece até 12ª semana de gravidez. A cólica, nesse caso, vem acompanhada de sangramento e dor no baixo ventre. Por meio de um exame, o médico vai descobrir se é apenas uma ameaça ou se o aborto está acontecendo.

“A gestante deve procurar observar o padrão da dor que sente e quais os fatores que a melhora ou piora. Quanto mais informações claras, corretas e objetivas a gestante fornecer ao obstetra, mais fácil será chegar ao diagnóstico”, orienta Dr. Domingos.

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