No passado, a prática de exercícios físicos na gravidez não era indicada. Hoje, ela é considerada essencial e benéfica para a saúde da mulher e do bebê.

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Quando se imagina um treino idealizado para uma grávida, a primeira conclusão a que se chega é que ele vai ajudar a futura mãe a controlar o peso. Claro, sair da maternidade usando o jeans que não fechava na cintura há 9 meses é um prazer! Mas os benefícios da atividade física neste período vão além da garantia de uma silhueta elegante. Durante o pré-natal, ela melhora a flexibilidade, aumenta a tolerância à dor (lombar, devido à mudança postural e periférica), e ainda aprimora a musculatura da região do períneo.

E não é só. A médica Adriana Waissman, membro da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) afirma que há evidências científicas de que manter-se em movimento colabora para índices menores de cesarianas e prematuridade. “Além de todos esses ganhos, há que se lembrar do bem-estar físico e psíquico que os exercícios proporcionam”.

Já a personal gestante, Gizele Monteiro, autora do e-book e do programa Gravidez em forma, acrescenta à lista de benefícios a prevenção de depressão pós-parto, controle da ansiedade, melhora da autoestima, disposição e aptidão física, controle do diabetes e hipertensão gestacional, além de promover a redução de edemas.

POR ONDE COMEÇAR

Quem já inclui em sua rotina visitas periódicas à academia, em geral, poderá manter suas atividades. Elas passarão por ligeiras adaptações ao longo do período gestacional. E mesmo quem leva uma vida sedentária poderá dar início a um plano de exercícios. Gizele afirma que as opções podem abranger trabalhos aeróbicos, para controle do peso (caminhada, hidroginástica, bicicleta estacionária); musculares – ginástica localizada para gestantes, musculação adaptada e exercícios de alongamento e relaxamento, combinados com os do tipo respiratórios, para aliviar o estresse.

Domingos Mantelli Borges Filho, ginecologista e obstetra, autor do livro Gestação – Mitos e verdades sob o olhar do obstetra (Segmento Farma Ed.) diz que outras atividades interessantes são a ioga e o pilates. “Observa-se uma melhora de corpo e mente, além de ajudarem a manter a elasticidade das articulações, o que favorece o parto”.

Quanto às modalidades contraindicadas, devem ser evitados exercícios com bola, artes marciais e lutas, saltos, flexões ou extensões intensas e práticas que exijam equilíbrio. “Quem nunca correu, não iniciará essa atividade na gravidez. Exercícios feitos na postura deitada (decúbito dorsal) comprimem a veia cava e a artéria aorta, reduzindo o suprimento sanguíneo para a mãe e para o bebê”, adverte Gizele.

DE VOLTA À ROTINA

Passado o parto, qual seria o melhor momento para retomar a rotina? Os especialistas divergem. O ginecologista Mantelli é categórico ao adotar a tradição da quarentena após o parto para dar início às atividades físicas. A médica Adriana é menos rigorosa e indica o período de 15 dias de espera para o início de ações leves como a caminhada. A partir de 30 dias da data do parto, a mulher poderá voltar às práticas habituais.

Gizele pondera com a gestante a necessidade de consultar seu médico antes e depois do parto para saber quando estará pronta para “malhar”. “Após um parto normal, o ideal é esperar 30 a 40 dias; parto cesárea, 45 a 60 dias. O corpo da mulher leva de 6 meses a 1 ano para voltar ao normal. O exercício ajuda muito, acelerando o processo, especialmente nos aspectos de postura e flacidez”, finaliza a personal gestante.

Fonte: Revista Viva Saúde



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